FORMOSA: Polícia Civil conclui que criança não sofria maus-tratos

FORMOSA: Polícia Civil conclui que criança não sofria maus-tratos

O menino com ferimentos na cabeça se machucou em queda e não foi torturado com ferro quente, segundo concluiu a PC

 (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

O caso que comoveu a cidade de Formosa (GO), no Entorno do Distrito Federal, envolvendo uma criança de 4 anos de idade que teria sofrido maus-tratos do pai foi concluído essa semana e inocenta o pai do garoto que estava sendo acusado pelo crime.

De acordo com a decisão da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) de Formosa, as investigações, iniciadas a 30 dias foram concluídas nesta segunda-feira (11) e apontaram que não houve maus tratos, nem tortura e nem mesmo crime de lesão corporal.

O menino foi encontrado na noite de sexta-feira, 11 de janeiro desse ano dentro do carro onde estava o pai e a madrasta com ferimentos na cabeça e no rosto. Uma denúncia anônima feita para Polícia Militar (PM) levou os policiais a abordarem o veículo no Setor Lagoa dos Santos. A criança teria contado aos PMs que o pai tinha queimado a cabeça dele com um ferro quente.

O pai e a madrasta negaram, disseram aos policiais militares que os ferimentos no rosto do menino aconteceram após ele cair da cama, e que o machucado na cabeça, aparentemente uma queimadura, foi provocado por uma queda. 

A família, segundo a Polícia Civil (PC), mora na zona rural do município de Niquelândia, na região Norte de Goiás. Foi apurado que no fim da tarde de domingo, 9 de dezembro de 2018, por volta das 17h, a criança de 4 anos sofreu uma queda em sua residência e rapidamente começou a inchar. A madrasta então colocou gelo no local.

No dia seguinte, a criança permanecia com inchaço na cabeça e também apareceu no rosto. Vendo que a situação estava se agravando, os pais levaram o menino para receber atendimento médico em Niquelândia e Formosa, onde, segundo a PC, tem familiares na cidade.

A criança foi submetida a avaliação médica e exames de imagens que não apresentaram lesões internas.

De acordo com informações da delegacia, a PCouviu 13 pessoas e analisou laudos médicos e documentos da família durante apuração. A corporação concluiu que a criança, na verdade, havia caído, machucou a cabeça e recebeu atendimento médico.

A própria criança relatou à corporação que, á medida que os ferimentos iam formando “casquinha”, ela ia retirando e deixando a pele em cicatrização à mostra, conforme visto pelos policiais no dia em que detiveram o pai do menino.

Ainda conforme relato divulgado pela DPCA, “a fala inicial da criança, de que teria sido queimada por ferro quente, não se comprovou ao longo da investigação”. Segundo a delegacia, Fernanda Lima o garoto sequer conhecia o instrumento.

Também ficou afastada a denúncia de que a criança comia apenas biscoitos, já que convivia com o pai e a madrasta na zona rural e, lá, lhe eram servidas todas as refeições, sendo café da manhã, almoço, lanche e jantar.

Fernanda alerta que “por não terem maturidade suficiente, as crianças podem apresentar um discurso frágil e sugestionado por adultos, especialmente por pessoas que não estão acostumadas a realizar uma escuta especializada”. Por esse motivo, o garoto pode ter dito que foi ferido pelo pai sem sequer entender o que estava acusando.

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