JUSTIÇA: Júri de Goiânia absolve PMs acusados de homicídio.

JUSTIÇA: Júri de Goiânia absolve PMs acusados de homicídio.



Três policiais militares acusados de homicídio foram absolvidos pelo júri popular durante sessão que durou mais de onze horas nesta segunda-feira (17), no 2º Tribunal do Júri de Goiânia. Acatando pedido feito pelo promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargo, os jurados decidiram inocentar Dennyo Edno dos Santos, Ruylson Silva Ribeiro e Ricardo Rocha Batista, que respondiam pela morte de Marcelo Coka, em setembro de 2004.

De acordo com o G1, o promotor afirmou que a recomendação para a absolvição se baseou na ausência de provas que comprovassem a atitude criminosa dos militares. "Eles alegaram que agiram em legítima defesa, durante uma troca de tiros com a vítima. Essa foi a prova que prevaleceu, não teve como rebatê-la", explicou.

Um dos réus, o tenente-coronel Ricardo Rocha, foi preso em 2011 na Operação Sexto Mandamento, que deteve 19 policiais militares suspeitos de participar de um grupo de extermínio que atuava em Goiás. Ele também é suspeito de envolvimento em outros 17 homicídios no estado.

Segundo Camargo, esse fato dava a ideia de que os acusados seriam condenados a qualquer custo. "Essa situação ocorreu porque um dos acusados [Ricardo Rocha] tem uma imagem de matador. Mas não é porque ele tem essa fama que deve ser condenado sem que haja um embasamento jurídico. Não se faz justiça com uma situação inexistente", argumenta.

O promotor ponderou que todos eles respondem a outros processos também por homicídio e que podem, dependendo da situação, serem considerados culpados nestes outros casos.

Julgamento
O julgamento teve início por volta de 8h30 e terminou pouco depois das 19h30. Segundo a denúncia baseada no inquérito da Polícia Civil, Marcelo Silva foi abordado na Avenida Araguaia por um carro da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), sob o comando de Ricardo Rocha. A vítima foi reconhecida por um dos policiais no carro, pois já tinha passagem na polícia. De acordo com os policiais, ele tentou fugir da abordagem. Durante a perseguição, o rapaz foi atingido por quatro tiros. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu.

O tenente-coronel Rocha ficou preso por quatro meses, mas foi solto ainda em 2011 e passou a atuar na área administrativa da Polícia Militar. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, os outros dois policiais seguem ativos na PM, mas não especificou qual tipo de serviço é prestado por eles.

Fonte: G1

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