CABECEIRAS | Enfermeiras tiveram os nomes inseridos em cartão de vacina assinado por médico falam sobre o caso

CABECEIRAS | Enfermeiras tiveram os nomes inseridos em cartão de vacina assinado por médico falam sobre o caso

 
As enfermeiras Dzirrê de Almeida Gonçalves e Edynez Farias Costa negam ter aplicado a vacina contra a covid-19 na esposa do ex-ajudante da Presidência, o coronel Mauro Cid. O nome da profissional de saúde aparece em documentos apreendidos pela Polícia Federal.

Em entrevista à rádio Interativa FM na sexta-feira (5), elas contaram que ficaram sabendo pela imprensa que os seus nomes estavam no cartão de vacinação falso emitido em nome de Gabriela Cid.

De acordo com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF), para a prática da suposta fraude, Farley foi acionado por seu tio, Luís Marcos dos Reis, ex-integrante da equipe de Mauro Cid, que também é alvo da investigação da Polícia Federal. O médico foi acionado enquanto ainda prestava serviços para a prefeitura de Cabeceiras, em 2021.

Na ocasião, o médico teria conseguido um cartão de vacinação da Secretaria de Saúde do município de Cabeceiras, que estaria preenchido com duas doses de vacina contra a Covid-19, com o nome de Gabriela Cid.

No dia 25 de novembro de 2021, Farley Alcântara pergunta a Dzirrê, por Whatsapp, se ela conseguiria um cartão em branco para ele. A enfermeira respondeu que não.

"Isso não é serviço de médico, pegar cartão de vacina, assinar cartão de vacina. Então é uma coisa muito inesperada mesmo pela gente", diz Dzirrê.

Segundo apurado pela Polícia Federal durante a investigação, mensagens de WhatsApp mostram que os dados da vacina que constam nesse cartão com o nome de Gabriela, como data, lote, fabricante e aplicador, foram retirados por Farley de um cartão de vacinação de uma enfermeira que teria sido vacinada na cidade de Cabeceiras.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, no dia 22 de novembro de 2021, às 19h11, foi feito o envio de um documento entre o tio de Farley, Luis Marcos dos Reis e Mauro Cid. A PF aponta que o arquivo consistia na digitalização de um "cartão de vacinação" do Sistema Único de Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Governo de Goiás.

O cartão de vacinação, em nome de Gabriela Santiago Ribeiro Cid, registra que a mulher teria recebido uma dose de vacina no dia 17 de agosto de 2021, do lote FF2591, e outra no dia 9 de novembro de 2021, do lote TG3529. Ambas as doses seriam produzidas pelo laboratório BioNtech. No campo de observações do cartão de vacina, é possível ver a assinatura e o carimbo de Farley.



No dia 25 de novembro de 2021, Farley Alcântara pergunta a Dzirrê, por Whatsapp, se ela conseguiria um cartão em branco para ele. A enfermeira respondeu que não.


Processo administrativo

De acordo com o prefeito Tuta, alguns profissionais de saúde serão ouvidos no procedimento administrativo que foi aberto na prefeitura para investigar o caso e saber se realmente houve a fraude por parte do médico e, se sim, descobrir se ele teve ajuda para cometer o crime. 


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