BRASIL: Promotora do caso TelexFREE denuncia ameaça de morte

BRASIL: Promotora do caso TelexFREE denuncia ameaça de morte


A promotora de Justiça de Defesa do Consumidor do Ministério Público do Estado do Acre (MPE/AC) Alessandra Marques diz ter sofrido ameaças de morte por investigar a empresa Telexfree (Ympactus Comercial Ltda.), que está proibida de operar por acusação de praticar pirâmide financeira.

As ameaças foram postadas na página pessoal da promotora no Facebook. Com isso, o MP pediu proteção de policiais, que acompanham Marques durante todo o dia.

Ela afirma não ter mudado a rotina da vida após as ameaças. "Muitas pessoas não entendem que estamos querendo preservá-las. Nosso objetivo é fazer com que a empresa devolva o dinheiro que os divulgadores investiram", disse.

A juíza que pediu a paralisação dos serviços da empresa, Thaís Borges, da 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, também disse que foi ameaçada.

Pirâmide x marketing multinível
A Telexfree informa comercializar pacotes de telefonia via internet (VoIP) por de uma rede de marketing multinível que conta com entre 450 mil a 600 mil pessoas. Para o MP-AC, porém, a empresa é uma fachada para o que o órgão considera como possivelmente a maior pirâmide financeira já montada no País .

No dia 18 de junho, a Telexfree foi impedida pela Justiça de fazer pagamentos e cadastrar novos associados , por decisão liminar (temporária) da 2ª Vara Cível de Rio Branco (AC). Alessandra Marques foi uma das responsáveis pelo pedido, juntamente com o promotor Danilo Lovisero.

A promotora, então, passou a ser uma das vozes públicas da acusação. Em 10 de julho, foi ela quem anunciou o pedido de extinção da Telexfree e denunciou uma tentativa de desvio, por parte dos sócios, de R$ 101 milhões dos recursos bloqueados. O advogado a empresa diz que as operações foram legais.

No dia 28 de junho, a Decco anunciou a abertura de um inquérito criminal, mas até esta quarta-feira (24/7) não havia indiciados.

Desbloqueio de contas de associados
No final de semana, a Telexfree divulgou uma nota na qual afirma que ofereceu cerca de R$ 660 milhões à Justiça como garantia para desbloquear as contas dos associados e poder voltar a fazer novos cadastros.

De acordo com a promotora, os serviços são considerados irregulares e não poderiam ser aceitos.

A movimentação de dinheiro da empresa está proibida pela Justiça desde o final de junho. A Telexfree também continua impossibilitada de realizar novos cadastros de divulgadores, sob pena de multa diária de R$ 500 mil.

A Telexfree possui mais de 1 milhão de associados em todo o país. "São muitas famílias desesperadas por ter perdido tudo. É lamentável que muitos órgãos de fiscalização tenham demorado tanto para observar que havia um enriquecimento muito rápido por parte de algumas pessoas", disse.

O modelo de negócios da empresa, porém, foi considerado insustentável pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério da Fazenda. Isso porque o faturamento da Telexfree viria, sobretudo, das taxas de adesão pagas pelos associados chamados de divulgadores, e não da venda de pacotes de minutos.

Com informações do Mais Goiás.

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