POLÍTICA: Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal

POLÍTICA: Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal

Os donos da JBS Friboi, Joesley Batista e o irmão Wesley Batista, gravaram uma conversa em que o presidente Michel Temer teria supostamente dado aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato.

A informação foi divulgada na noite desta quarta-feira (17), pelo jornalista Lauro Jardim, colunista do site do jornal O Globo. De acordo com o jornal, Temer teria ouvido do empresário Joesley Batista, que o empresário estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que os dois permanecessem em silêncio na prisão. Temer, então, segundo o jornal, disse: "Tem que manter isso, viu?".


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Conforme a reportagem, Temer também teria indicado à Joesley, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F, que controla a JBS Friboi. Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley.

Os irmãos, donos da Friboi, firmaram acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, informou o jornal. De acordo com o ‘O Globo’ a colaboração também inclui outros executivos da empresa.

A delação também compromete o presidente do PSDB, Aécio Neves. O senador mineiro, segundo ‘O Globo’, foi gravado pedindo a Joesley a quantia de R$ 2 milhões. A entrega do dinheiro a um primo de Aécio foi filmada pela Polícia Federal (PF). A PF rastreou o caminho do dinheiro e descobriu que foi depositado numa empresa do senador Zeze Perrella (PMDB-MG).

Ainda na delação, Joesley relatou que Guido Mantega era o seu contato com o qual o dinheiro de propina era negociado para ser distribuído a petistas e aliados. Mantega também operava os interesses da JBS no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Até o fechamento da reportagem, o Palácio do Planalto não se manifestou a respeito das declarações publicadas pelo jornal ‘O Globo’. Assim como a assessoria do senador Aécio Neves e do ex-ministro Guido Mantega.

A oposição , no entanto, já reagiu a reportagem. O líder da Rede na Câmara, deputado Alessandro Molon, do Rio de Janeiro, protocolou ainda na noite desta quarta-feira (17) um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. De acordo com Molon, o “Comportamento incompatível com decoro do cargo é crime de responsabilidade”.



Reportagem, João Paulo Machado / Agência do Rádio

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