Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí (MG), morre aos 77 anos

 

Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí (MG), morreu na madrugada desta quinta-feira (15), aos 77 anos. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília (DF). A causa da morte ainda não foi oficialmente divulgada.

Segundo a rádio Itatiaia, informações iniciais de aliados do fazendeiro indicam que ele sofreu uma queda no hospital, resultando em traumatismo craniano. Mânica vinha realizando tratamento oncológico há alguns meses.

Natural de Espumoso (RS), Antério Mânica foi prefeito de Unaí por dois mandatos. Era filho de Líbio Mânica e Petronilia Maria Broche Mânica. Parte da população local reconhece sua atuação à frente do Executivo municipal.

Mânica também foi um dos réus no caso conhecido como “Chacina de Unaí”, ocorrido em 2004, que resultou na morte de três auditores fiscais do trabalho e um motorista do Ministério do Trabalho. Ele e o irmão, Norberto Mânica, foram acusados de serem os mandantes do crime.

Em novembro de 2015, Antério Mânica foi condenado a 100 anos de prisão. No entanto, em 2018, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) anulou a sentença e determinou a realização de um novo julgamento.

Em maio de 2022, ele foi novamente condenado, desta vez a 64 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, com direito de recorrer em liberdade. Já em novembro de 2023, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) aumentou a pena para 89 anos e determinou o início imediato do cumprimento da sentença.

Em setembro de 2024, Mânica se apresentou à Polícia Federal em Brasília. No mês seguinte, a Justiça autorizou que ele cumprisse a pena em prisão domiciliar, por motivos de saúde.

Auditores fiscais do Ministério do Trabalho Nélson José da Silva, João Batista Soares Lage e Eratóstenes de Almeida Gonçalves, e o motorista Aílton Pereira de Oliveira.