GOIÁS: Estado deve receber R$ 30 bilhões em investimentos até 2016

Goiás deverá receber cerca de R$ 30,2 bilhões em investimentos até 2016. É o que mostra novo levantamento realizado pela Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan) por meio do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB). O estudo foi apresentado nesta terça-feira (27), dia 27, pelo secretário de Gestão e Planejamento, Giuseppe Vecci, durante entrevista coletiva. Serão 953 projetos de implantação e expansão de empreendimentos.

Do total de investimentos previstos, R$ 8,08 bilhões (26,7%) serão aplicados em 22 projetos de mineração e beneficiamento; R$ 6,34 bilhões (21%) serão direcionados para 17 projetos do segmento sucroenergético; R$ 6,17 bilhões (20,4%) para 37 projetos da atividade de transporte e logística, e R$ 2,63 bilhões (8,7%) vão para 32 projetos da indústria metal-mecânica. Estas quatro atividades somadas totalizam 76,8% das intenções de investimento. Há centenas de outros projetos listados no levantamento para setores de indústria, comércio e serviços.

Segundo Giuseppe Vecci, o levantamento mostra que o Estado de Goiás segue o ritmo de crescimento observado nos últimos anos. O Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás cresceu 3,8% em 2012, movimentando cerca de R$ 112 bilhões na economia, ante R$ 104,7 bilhões apurados no ano anterior. “Esse percentual foi quase quatro vezes maior do que o PIB brasileiro, que ficou em 0,9% segundo o IBGE. Então, nós continuamos crescendo e não tenho dúvidas de que isso é reflexo das políticas de fomento que implantamos no Governo de Goiás. Para ilustrar esse desempenho, basta lembrarmos que nos últimos 10 anos, apenas em três vezes (2004, 2006 e 2007), a economia goiana não cresceu mais do que a nacional”, comenta Vecci.

A Pesquisa de Intenção de Investimentos no Estado de Goiás é um levantamento periódico realizado pela Segplan, com base em dados colhidos junto à Secretaria de Indústria e Comércio (SIC), dos projetos requerentes de incentivos no programa Produzir, do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e das cartas-consultas aprovadas na agência GoiásFomento.

A pesquisa foi iniciada em 2004, quando o levantamento mostrou a intenção de uma injeção de R$ 7 bilhões na economia do Estado, com o setor de alimentos e bebidas liderando o montante dos recursos programados (33%). “Precisamos ver estes números sob a perspectiva do que isso tem de efeito multiplicador na economia goiana. Essa pesquisa é um termômetro para todos nós, para o Estado, para as prefeituras e para a própria iniciativa privada”, comentou Giuseppe Vecci.

Incentivos
O secretário foi questionado sobre os efeitos do possível fim do ICMS diferenciado como vantagem comparativa de Goiás na atração de investimentos. Há uma discussão nacional em torno da proposta do governo federal de unificar as alíquotas do imposto estadual em todo o País. “Aí é um jogo de perde-perde para nós. A maioria desses projetos da pesquisa são incentivados. Certamente, se cair essa questão do ICMS, esses números podem ser revistos. Para não ter incentivos, é preciso ter boa infraestrutura, e esse é nosso grande desafio”, respondeu Vecci, acrescentando que, caso haja a reformulação do ICMS, o Governo de Goiás apresentará como alternativa a criação de um fundo próprio para continuar atraindo investidores.

O secretário Giuseppe Vecci salienta que Goiás precisa vencer outros gargalos para melhorar sua atratividade, como infraestrutura, “onde temos investido fortemente”, e qualificar mais sua mão de obra. “E vencer a burocracia, que é a maior inimiga do cidadão no serviço público”, disse o secretário anunciando um seminário de desburocratização que a Segplan realizará no próximo mês, em Goiânia.

Do ponto de vista geográfico, os investimentos anunciados para o Estado aparecem assim divididos: 17,3% estão localizados na região Metropolitana de Goiânia, em muito influenciado pelo projeto do VLT e expansão ou implantação de centros de compras e serviços, como o Shopping Passeio das Águas, que se encontra em construção. As regiões Sudeste (14,1% dos investimentos anunciados), Oeste (11,7%), Centro (10,8%) e Sul do Estado (10,7%) também concentram volumes expressivos dos investimentos previstos. As demais regiões totalizam 20,8% do montante previsto.

O secretário ressalta que “cerca de 14% desses investimentos referem-se a projetos que permeiam vários municípios goianos, o que está de acordo com nossa política de estimular o desenvolvimento regional, pulverizando investimentos, criando novas oportunidades, novos postos de trabalho, enfim, criando novos polos de desenvolvimento econômico no Estado”.

Do Goiás Agora.