GOIÁS: Avião da FAB é enviado para combate ao incêndio na Chapada dos Veadeiros

GOIÁS: Avião da FAB é enviado para combate ao incêndio na Chapada dos Veadeiros

ICMBio: incêndio que já atinge 22% da Chapada dos Veadeiros foi criminoso


(Foto: Tenente Cynthia Fernandes/Agência Força Aérea)


Um avião C-130, conhecido como Hercules, que pertence a Força Aérea Brasileira (FAB) irá ajudar no combate ao fogo que está consumindo o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros em Goiás. O Governo Federal liberou a aeronave na tarde desta terça-feira (24). A aeronave é equipada com um sistema de combate a incêndio constituído de dois tubos em sua porta traseira que, a uma altitude de cerca de 45 metros podem despejar água nas áreas em chamas. Dois tubos se projetam pela porta traseira do avião e levam até 12 mil litros de água.

Cada saída leva em média 60 minutos até chegar ao local onde há maior foco de incêndio. Para o abastecimento, são necessários, aproximadamente, 30 minutos. Os abastecimentos precisam ser feitos a cada duas decolagens.

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De acordo com o site da FAB, para realizar a missão com sucesso, o avião precisa estar a 150 pés, o equivalente a 46 metros de altura, e acionar o equipamento. Para amanhã, 25, estão previstas cinco saídas.
(Foto: Divulgação/Rede contra o fogo - Chapada dos Veadeiros)

O incêndio que está assolando o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, desde o dia 17 de outubro foi criminoso, na avaliação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). As suspeitas são de que o incêndio foi iniciado por fazendeiros da região, em represália à recente ampliação da área do parque. De acordo com o órgão, o fogo ainda não foi controlado e já atingiu 22% do parque. Ontem este percentual estava em 15%.

Segundo o chefe do parque, Fernando Tatagiba, que é analista ambiental do ICMBio o incéndio é criminoso, “não há a menor dúvida de que o incêndio é criminoso”, uma vez que ele avançou nas áreas posteriores àquelas onde o aceiro (barreira para contenção do fogo) já havia sido feito. “Temos certeza do local de origem, que foi às margens da GO-118, que liga Brasília ao Tocantins, numa área chamada Pouso Alto. Quem colocou fogo ali conhece a dinâmica do vento e do fogo”, disse o chefe do parque à Agência Brasil.

Fernando Tatagiba, chefe do parque
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Tatagiba explica que a principal causa de incêndios são os raios, que ocorrem nos períodos de chuva. “Não existe combustão espontânea no cerrado. Incêndios iniciados nessa época do ano têm sempre origem humana. Se alguém faz uma queimada e ela foge ao controle, transformando-se a em incêndio, isso já é caracterizado como um crime. No caso desse incêndio na Chapada, uma hipótese que foi levantada pela comunidade é de que o incêndio foi causado por fazendeiros da região em represália ao aumento da área do parque”, acrescentou.

A esperança da equipe é a de que alguma chuva ocorra na região. Tatagiba, no entanto, não está muito otimista. “O céu hoje está nublado, mas apenas com nuvens finas. Com isso a perspectiva de chuva é mínima”, disse.

O incêndio atual teve início no dia 17 de outubro. Diante desse cenário de agravamento da situação, a prefeitura de Alto Paraíso de Goiás, município localizado na Chapada dos Veadeiros, decretou situação de emergência. Segundo o ICMBio, mais de 200 pessoas, entre profissionais de combate ao fogo e voluntários, trabalham para conter as chamas, que provocaram o fechamento do parque.

Veja no vídeo abaixo o rastro da destruição.


Além de brigadistas do ICMBio, do próprio parque e de outras unidades de conservação no país, estão envolvidos no combate ao fogo funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Grupo Ambientalista do Torto (GAT), da Polícia Rodoviária Federal, da prefeitura de Alto Paraíso, bombeiros de Goiás e do Distrito Federal e centenas de voluntários, que estão em campo ou prestando apoio logístico aos trabalhos. Quatro aviões que lançam água sobre as chamas e três helicópteros estão sendo usados na operação.


Com informações da Agência Brasil e O POVO Online

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