COTIDIANO DE CABECEIRAS: A esfomeada vaca do cofrinho

COTIDIANO DE CABECEIRAS: A esfomeada vaca do cofrinho


- Vó, me dá uma moeda pra botar no cofre da vaquinha?
- Eita menino pidão, quer moeda todo dia, vá trabalhar sô!
E com o passar do tempo a vaquinha começou a pensar:
- Nossa, minha barriga tá cheia de moeda, não aguento mais.
Ai ela pensou, pensou, pensou e resolveu:
- Não quero mais moeda, quero comer coisas boas, diferentes.
E assim a vaquinha fugiu do quarto do menino pidão.
- Onde andarás a vaquinha? Perguntavam todos na fazenda.
E com o passar do tempo a vaquinha andou, andou e andou.
E achou sua linda moradia, um local para saborear e degustar itens saborosos.
- Aonde?
- Ué, aqui bem pertinho de você...
- Sério?
- Sim. Lá na rua, na avenida, nos quintais...
- Caramba!
E a todo o momento ela se sentia maravilhada com o olhar de todos:
- Nossa, será que sou tão linda assim? Quanta admiração por mim...
A notícia se espalhou e de uma hora pra outra a cidade estava cheia de vaquinhas.
O tempo foi passando, passando, até que um dia, nem os cachorros aguentavam mais tanto importuno.
E por um latido, a esfomeada vaca do cofrinho, tropeçou nos seus tamancos bombados, cambaleou, tombou, bateu a cabeça no meio-fio e foi pro beleléu.
E menino pidão chegou apavorado, querendo suas moedas do cofre da vaquinha, e por espanto, só tinha capim, capim e capim.

Vaca amarela pulou a janela, quem não gostou, come a b.... dela!







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