CABECEIRAS: Pequenos produtores rurais clamam por solução da ponte que caiu a seis meses.

CABECEIRAS: Pequenos produtores rurais clamam por solução da ponte que caiu a seis meses.

Entraves entre doação de madeiras e falta de elaboração de projeto atrasou a obra.

Moradores das regiões do Ribeirão, Santa Rita, Saco Grande e demais produtores rurais e transeuntes que necessitam dessa estrada, estão sofrendo para transportar suas produções que são vendidas no comércio de Cabeceiras. Desde dezembro de 2014, eles relatam que se esbarram em uma ponte que caiu durante forte chuva que atingiu a região naquele mês.

Chicão Nogueira tem propriedade rural que fica ao 
lado da ponte que caiu. (Foto: Matheus Antunes)
O produtor rural, Chicão Nogueira que tem a sua propriedade e residência ao lado do córrego e da ponte caída, conta que quando chove, todos ficam ilhados, pois a travessia é impossível devido a cheia, e para chegar até a cidade é preciso fazer um percurso que dobra o tempo de viagem. “Quando chove, isso aqui enche e a gente passa com dificuldades para o outro lado, e em muitos casos nem conseguimos passar, ficamos aqui ilhados. A gente tem que fazer uma volta muito grande para chegar até Cabeceiras, são mais de 20 quilômetros e a estrada é muito ruim, e por aqui é uns 10 a 12 quilômetros. Para levar minhas coisas na feira em Cabeceiras, eu atravesso com elas nas costas, porque o carro não passa”, relatou Chicão Nogueira.

Travessia é possível, mesmo com dificuldade no 
perídode estiagem. (Foto: Matheus Antunes)
Perto de completar sete meses que a ponte veio a baixo, segundo Chicão, ela desabou no dia 15 de dezembro após forte chuva. Ele conta detalhes curiosos ao ser perguntado pela reportagem do Interativa87 se a ponte passava regulamente por vistoria. O produtor rural disse que poucos meses antes dela (ponte) cair, a mesma passou por vistoria e que durante os reparos, o responsável, cujo nome ele preferiu não divulgar, fez alguns ajustes que ele acredita ter contribuído para que a ponte não suportasse um grande volume de água e caísse. “Ela passou por uma manutenção uns... quatro meses atrás antes de ela cair. Veio um rapaz e mexeu na ponte e cortou os parafusos das vigas, e empurrou as vigas para dentro e não parafusou elas. Eu disse, moço esse trem aqui não vai aguentar. Daí ele falou, nós vamos voltar e parafusar, mas não voltou mais”, contou Chicão.

Chicão ressaltou ainda que juntamente com os produtores rurais da região, haviam levantando recursos para investir da reconstrução da ponte. “Nos aqui da região conseguimos juntar quase oito mil reais. Cada um deu um pouco, quinhentos reais, dois mil reais e assim foi. Agora que o prefeito garantiu pra nós que vai arrumar a ponte, estamos esperando”, finalizou.

Esse longo tempo sem o concerto da referida ponte tem chamado atenção da população que nas redes sociais e durante o programa Alô Notícias na Interativa aos sábados, das 09h00 às 11h30 reclamam da demora em resolver a reconstrução da ponte. Nesse período a prefeitura enfrentou desgastantes, brigas políticas e as obras atrasaram, algumas até foram inauguradas, mas a que interessa os produtores rurais e dependentes da ponte para visitar os familiares ou a trabalho ficou cheia de idas e vindas e apenas a base de sustentação foi feita.

Madeiras doadas por produtores rurais da região.
(Foto: Matheus Antunes)
Estava previsto para a retomada da reconstrução na segunda – feira (06). Na manhã desta terça, a reportagem foi até o local verificar o andamento e também procurar as madeiras doadas. Foi visitada as propriedades dos senhors Jaime Soares, produtor rural da região do Ribeirão e o Luis da Ressolar como é conhecido. Foi constatado a existencia delas que da árvore aroeira, considerada resistente. Elas estão dentro dessas propriedades prontas para serem utilizadas na reforma da ponte. 

Estão jogadas no tempo, mas ainda bem conservadas. Na sessão ordinária da câmara municipal na quinta – feira (02) o presidente, vereador Batista Lima (PR) rebateu o que seu companheiro de bancada, Manoel Teixeira disse sobre a ponte e as madeiras, que segundo ele não tinha madeiras e que o prefeito Nadir de Paiva já havia comprado para começar a reforma na segunda.

No entanto o senhor Jaime Soares confirmou a reportagem que a madeira, no total três peças grandes, medindo cerca de 10 metros cada, estão a disposição para serem usadas na ponte. O senhor Luis da Ressolar também confirmou a sua doação de madeiras.



O prefeito Nadir falou ao vivo por telefone na manhã desta terça – feira no programa Alô Cabeceiras e reafirmou que as madeiras que disseram que foram doadas, não foram concretizadas e que o Orlando, empreiteiro que trabalhará na reforma, está na propriedade de Abel Paiva retirando madeiras que serão levadas para serem utilizadas na ponte. 

“O que faltava realmente era projeto, faltava madeiras, praticamente tudo. Hoje o Orlando já está retirando a madeira que nós adquirimos na fazenda do Abel Paiva. Estamos adquirindo essas madeiras porque, às promessas de doações de madeiras acabaram não se concretizando. Estamos adquirindo através de parceiros, aqueles que podem doar, e aqueles que não podem estamos comprando,” disse o prefeito Nadir de Paiva.

O prefeito na entrevista não informou o tempo que levará para obra ser concluída, mas disse que será em poucos dias. 
 
Madeiras que estão sendo retiradas da propriedade de Abel Paiva para reconstrução da
ponte. (Foto: Enviada via WhatsApp por Eli Nunes)


A discussão entorno da “Ponte do Ribeirão” deu ar de que terá um final feliz. Final esse que os moradores da região aguardam que chegue logo.

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